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terça-feira, 24 de agosto de 2010

A lista de uma balzaquiana

Pegou papel, caneta e listou. Base, sombra, rímel, delineador, blush e batom. O vermelho para valorizar um dos traços que mais chamava a atenção. Sais, esfoliantes, creme anti-celulite, óleo para o corpo, perfume francês e óleo de silicone para os cabelos. O importado, não queria ver um só fio em pé. Massagem, limpeza de pele, peeling, banho de lua, manicure, pédicure e depilação. Para ficar com a pele lisinha. Sapato salto agulha, calça preta, blusa decotada e saia. Justa e curta, tinha que ousar mais. Academia, dança de salão, caminhadas no parque, triatlon, check-up com um clínico geral e sutiã meia-taça. Afinal, passara dos 30. Yoga, relaxamento, budismo, livros de auto-ajuda e terapia. O auto-conhecimento era a sua meta. Camões, Vinicius, Chico, Bocage e Kamasutra. O romantismo e a sexualidade também tinham que fazer parte do enredo. Djavan, Fred Mercury, Bob Marley e Elis. Um pouco de música para a alma. Aulas de Italiano, Francês, Alemão, palestras, workshops e cursos de especialização. Para se intelectualizar ainda mais. Auto-estima, espontaneidade, otimismo, sorriso nos lábios e bom humor. Ia parecer mais leve. Respeito, fidelidade, carinho e paciência. Fundamental na vida a dois. Shoppings, centros culturais, exposições, barzinhos da moda, churrascos, casas noturnas, viagens à praia, ao campo e quaisquer outros pontos de encontro. Lugares estratégicos para não faltar oportunidades. Encontros virtuais, disque-amizade, agência de encontros e rede de amigos. Talvez algum possa ajudar. Catolicismo, protestantismo, espiritismo e umbanda. Sua fé não tinha limites. A lista era vasta. Certos itens já tinha e os sabia explorar como um mestre com total domínio de sua arte e conhecimento. Alguns eram o mero sacrifício latente, mas não valia a pena admitir e desistir. A cada dia, a cada item que cumpria e repetia, era o degrau mais próximo da felicidade. Pensava. Não tinha medo. Era o objetivo mais obsedante que havia tido até então. Podia demorar. Ia acontecer. Cansara de ficar sozinha. Do trabalho para casa, da casa para sabe lá onde tamanha infelicidade lhe levava. Até o fim do ano sonhava. Prometeu. Iria à luta. Tudo estava listado. Tudo que achava necessário. Daquele ano não passava. Balzaquiana? Sim. E queria um marido encontrar.


Autora : Layza Portes
 
E-Mail: layzaportes@hotmail.com







Blog: http://fetiches.zip.net

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uh! Aceita!!!

É... tenho que aceitar que estou virando uma balzaquiana! Não dá mais para fugir, faltam 11 dias pro meu aniversário de 30 anos!

Mas colocando na balança, até que me saí muito bem nos últimos 29 anos! Aprontei? Claro que sim! Mas nunca usei drogas e nem fiz nada que pudesse me arrepender pra sempre...

Já parei em delegacia, já virei a noite (e o dia também), mas todas as travessuras foram saudáveis! Daria até pra escrever um livro, mas sem citar nomes pra não me comprometer...

Com relação à carreira, tudo está indo bem, só me arrependo de não ter terminado ainda a minha faculdade de engenharia. Mas em 2011 isso já estará resolvido. No saldo tenho carro, casa (tudo bem, 25 anos à pagar ainda...) e amigos por onde passei.

Essa é a minha maior conquista. Eu posso até não procurar todos o tempo todo, mas basta a gente se encontrar para que seja feita a festa! Amigos do 1º grau, do 2º grau, da facul, de perto de casa, do orkut, do fã clube do Alê Pires... enfim... Agradeço à Deus todos os dias por permitir que eu faça amizades boas e verdadeiras e que somente as pessoas boas permaneçam ao meu redor. As más? Bem, o destino se encarregará delas...

Beijos de uma quase balzaca (mas gatinha ainda! kkk)

Joanninha!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não.



Caio Fernando Abreu
 
 
Só poemas de amor e chocolates pra me animar nesse friozinho...

Beijos, me liga!

Joanninha